No dia 23 de outubro, mais uma pessoal de grande importância para mim se foi... Para sempre... No dia anterior ele tinha completado 70 anos de vida.
Meu avo materno nos deixou, após uma intensa luta contra um câncer, que lhe devorava o fígado. Ele sempre foi um homem de poucas palavras, nas minhas experiências vividas com ele na minha infância e adolescência, percebi que ele só abria a boca pra dizer coisas sabias ou para fazer uma piada engraçadíssima, exímio pescador e lavrador, passei lindas experiências com ele e com meu tio, do peito.
Nesse período ele nos preparava um saboroso jantar sempre que chegava do trabalho, que ficava do outro lado do rio, cerca de meia hora de canoa, remando! Lembro que ficava admirando do vigor daquele homem incansável. O jantar não tinha nada de sofisticado, era meio rude, saboroso, regado a uma tigela cheia de açaí grosso, “apanhado” há poucas horas, e “batido” na hora, em uma batedeira manual, o jantar era iluminando a lamparina de óleo diesel... Há que saudades vovô!!!
Na madrugada, quando eu meu irmão e meu tio, vestíamos seu corpo frio, visualizava um homem magro, velho e acabado, quase irreconhecível... Eu odeio o câncer... Meu Deus! Há porque a vida tem que ser assim Senhor?
Hoje peço forcas a Deus que me ajude a consolar a minha mãe que perdeu a pouco mais de um mês o marido, logo depois o padrinho, e agora o pai. Senhor Jesus nos ajude!